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30 de abr. de 2013

Prefeitura do Rio recolhe exemplares de Banco Imobiliário com obras de Eduardo Paes


A prefeitura do Rio anunciou ter recolhido todos os exemplares do jogo "Banco Imobiliário Cidade Olímpica" -que inclui, entre "bens" a serem negociados, obras da gestão do prefeito Eduardo Paes (PMDB), o que deu margem a acusações de propaganda política. Segundo a Secretaria da Educação, cada um das 1.074 escolas recebera dois exemplares do banco.

Todos foram recolhidos, em operação encerrada na última sexta-feira (26). Um caderno de matemática também com alusão a Paes continua a ser utilizado pelos alunos, mas com a recomendação aos professores que não recorram à parte onde o prefeito é citado. Dois inquéritos civis públicos foram instaurados pelo Ministério Público Estadual para investigar o brinquedo e o caderno.

Segundo o responsável por um deles, o promotor Eduardo Santos de Carvalho, da 8ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva e Cidadania da capital, a prefeitura e a secretaria, comandada por Claudia Costin, ainda não responderam às perguntas que encaminhou - os prazos já venceram. Fabricante do brinquedo, a Estrela já mandou respostas. "Queremos apurar a regularidade do contrato e apurar se, para a compra do Banco Imobiliário, foram usados recursos destinados à educação", disse o promotor.



Resta saber:

  • Vai haver devolução do dinheiro pago?
  • Os responsáveis por essa papagaiada serão punidos pelo TRE?
  • Os envolvidos serão multados?
  • Se recolheram os jogos, por qual motivo ainda há exemplares nas escolas onde trabalho?




http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,rio-recolhe-exemplares-de-banco-imobiliario-com-obras-de-eduardo-paes,1026868,0.htm

27 de abr. de 2013

Agredida por alunos, diretora de escola desiste da profissão


Diretora de escola há 20 anos, H.R.S desistiu da profissão. Aos 51 anos, a educadora responsável pela escola estadual Luiz Gonzaga Righini, no bairro do Limão, zona norte de São Paulo, raramente sai de casa, onde administra os três antidepressivos receitados pelo médico que lhe deu 180 dias de licença após um trauma sofrido no último dia 17 de abril.

Na manhã daquela quarta-feira, um grupo de alunos, segundo H.R.S., “liderados por garotos em liberdade assistida da Fundação Casa”, se rebelou contra ela no pátio da escola, onde foi agredida.

“Fui cercada por 300 alunos. Os líderes me apontavam o dedo, enquanto outros jogavam papel, caderno, latinha, garrafa”, lembra a diretora, que prefere manter seu nome em sigilo. “Não vou mais voltar a trabalhar. Não dá mais. Depois da humilhação pela qual passei, não dá para voltar a escola nenhuma.”

Leia mais:  http://odia.ig.com.br/portal/brasil/agredida-por-alunos-diretora-de-escola-em-s%C3%A3o-paulo-desiste-da-profiss%C3%A3o-1.576336

23 de abr. de 2013

Educação

Governo dá guaribada em números do programa "ciência sem fronteira"


Vou repetir ad eternum: os burocratas do governo não sobrevivem sem números. Por isso, encampe a ideia: "SEM AUMENTO, SEM NOTA".

Saiu na Folha de São Paulo:

O Ministério da Educação passou a computar entre os alunos do Ciência sem Fronteiras, programa de estudo no exterior, os bolsistas regulares da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), órgão de incentivo à pesquisa.

A maquiagem ocorre há pelo menos um mês e meio, mas, na sexta-feira passada, a Capes informou aos bolsistas de seus programas regulares que eles seriam oficialmente migrados para o Ciência sem Fronteiras se fossem "elegíveis", isto é, se estivessem dentro dos critérios de seleção do programa.


No comunicado, a Capes diz que a migração é para "fins operacionais", "com o objetivo de oferecer isonomia no tratamento dispensado aos seus beneficiários".

O PROGRAMA

Lançado em 2011, o Ciência sem Fronteiras é a menina dos olhos da presidente Dilma, que estabeleceu a meta de enviar 101 mil bolsistas para o exterior até 2015. O objetivo é considerado irrealista, reservadamente, por envolvidos em sua execução.

A Capes mesmo já disse ter dificuldades estruturais para cumpri-lo: antes do programa, tinha cerca de 4.000 bolsistas. Até fevereiro, já haviam sido concedidas 22.646 bolsas do Ciência sem Fronteiras, das quais 19.601 começaram a ser pagas.

O programa está sob responsabilidade de Aloizio Mercadante (Educação), que o lançou quando era titular do Ministério da Ciência e Tecnologia. Ele aspira concorrer ao governo paulista ou assumir a Casa Civil em 2014.

As bolsas regulares e o Ciência sem Fronteiras oferecem remuneração semelhante, mas a seleção e a aceitação internacional são diferentes. O programa também engloba uma parcela menor das áreas de conhecimento, ao praticamente excluir as ciências humanas.

Parte expressiva das 19.601 bolsas implementadas pelo programa até agora pode ser de alunos que não foram selecionados por meio dele.

A Folha cruzou nomes de estudantes aprovados nos editais de doutorado regular da Capes no exterior com a lista de alunos do Ciência sem Fronteiras disponível no site oficial do programa.

Em 2012, foram 280 aprovados no programa regular de doutorado fora do país. Pelo menos 60 desses estudantes constavam da lista de bolsistas do Ciência sem Fronteiras sem que estivessem efetivamente dentro dele.

A Folha entrou em contato com 25 desses bolsistas em oito países. As respostas revelaram surpresa por parte dos alunos. Alguns nem sequer tinham se inscrito no programa. Três relataram terem sido reprovados no Ciência sem Fronteiras.

Estudante de doutorado na Freie Universität Berlin, na Alemanha, Grégori Romero chegou a tentar o Ciência sem Fronteiras. Quando se inscreveu, conta, não tinha preferência entre os programas.

"Mas, agora que tenho a da Capes/Daad, acho que é uma vantagem, pois mesmo recebendo o auxílio do Brasil, sou aluno Daad, que é um órgão alemão com fama internacional. É um programa mais tradicional, com critérios de seleção mais elaborados."

André Hallack, doutorando na Universidade de Oxford (Reino Unido), conta que foi aprovado por ambas as bolsas, "que são praticamente iguais". "Quando saiu o resultado do Ciência Sem Fronteiras, eu já estava bem fechado com a bolsa da Capes, então ignorei o processo dele."

Alguns dos estudantes ouvidos relataram ter questionado a Capes por e-mail. Eles receberam como resposta que a manobra é "para dar estatística" e cumprir "metas do governo federal".

A distorção pode ser ainda maior, já que a Folha observou também, em outros editais de doutorado pleno e doutorado-sanduíche, mais nomes repetidos.

Foi solicitada à Capes a lista de bolsistas regulares, mas a instituição alegou falta de estrutura para entregá-la, para saber quantos de fato são eles e se também estavam no Ciência sem Fronteiras.

O pedido foi feito novamente via Lei de Acesso à Informação, mas o governo ainda não respondeu.
Capes, Ciência sem Fronteiras

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2013/04/1267095-manobra-do-governo-eleva-numero-de-programa-de-bolsas-no-exterior.shtml

21 de abr. de 2013

Compare alguns concursos abertos

O Comando do Pessoal de Fuzileiros Navais (CPesFN) da Marinha abriu concurso para admissão ao Curso de Formação de Sargentos Músicos do Corpo de Fuzileiros Navais. As 24 vagas serão distribuídas pelos seguintes naipes: flauta transversa em dó: 1 vaga; clarinete sib: 5 vagas; saxofone tenor sib: 1 vaga; trompete sib: 6 vagas; trompa em fá: 2 vagas; trombone tenor dó: 3 vagas; e percussão (bateria completa): 6 vagas. Mediante a aprovação no C-FSG-MU-CFN, o praça especial será nomeado terceiro-sargento fuzileiro naval, que passará a receber a remuneração inicial da ordem de R$ 3.200.

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo divulgou edital de concurso público para 5 vagas de promotor de justiça substituto. O salário é de R$ 22.854,46. Para concorrer, os candidatos devem ter concluído o curso de bacharelado em direito e ter exercido, no mínimo, três anos de atividade jurídica.

A Polícia Civil de São Paulo abriu concurso público para 22 vagas de atendente de necrotério policial, sendo 1 vaga reservada aos candidatos com necessidades especiais. O salário é a partir de R$ 2.278,05.

A Prefeitura de Viseu (PA) divulgou edital de concurso público para 472 vagas em cargos de nível fundamental, médio e superior.Os cargos de nível superior são para técnico municipal de nível superior I nas especialidades de professores de 1º ao 5º ano, educação artística, ciências naturais, educação física, geografia, história, língua inglesa, língua portuguesa, matemática e religião.  Os salários variam de R$ 678 a R$ 682

A Secretaria de Estado de Educação e Esporte do Acre divulgou edital de processo seletivo para 687 vagas para o Programa Brasil Alfabetizado. Do total das vagas, 10% são reservadas para pessoas com deficiência. Os valores variam de R$ 400 a R$ 600.

Promotor de Justiça: R$ 22.854,46
Músico da Marinha: R$ 3.200,00
Atendente de necrotério: R$: 2.278,05
Professor: de R$400 a R$ 678


http://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2013/04/marinha-tj-sp-e-7-orgaos-abrem-prazo-para-23-mil-vagas-na-segunda.html

16 de abr. de 2013

Alunos do Norte e NE têm 4 anos de atraso em relação aos do Sul e Sudeste

A reportagem informa que o levantamento foi feito pela Fundação Lemann, criada por Jorge Lemann: um dos controladores da Ambev, lojas Americanas, Submarino, Burger King, etc. Tal fundação utilizou dados da Prova Brasil, cujo formato de múltipla escolha não prova muita coisa. Afinal, já escrevemos aqui no blog sobre os muitos alunos que nem abrem a prova, e marcam direto no cartão-resposta como numa loteria.

Dizer que Norte e Nordeste estão defasados em relação ao Sul e Sudeste é chover no molhado. Contudo, Sul e SE também estão no fundo do poço e sofrem com precariedades que poderiam ser resolvidas rapidamente se houvesse vontade e empenho, arrisco a dizer, dos Três Poderes. Porém, não há.

Estranhamente, Rio de Janeiro e São Paulo não são citados. Os dois estados mais ricos do Brasil pagam salários ridículos aos professores; se envolvem em relações promíscuas com fundações privadas (incluindo a Fundação Lemann); injetam muito dinheiro num sem número de projetos que só afundam a qualidade da educação; e seus respectivos secretários não entendem patavinas de educação.



Leia a reportagem:

Alunos de Estados das Regiões Norte e Nordeste do Brasil têm quatro anos de atraso na aprendizagem em relação aos estudantes do Sul e Sudeste do País. Os dados são de um levantamento da Fundação Lemann, feito com base em microdados da Prova Brasil, e mostram o porcentual de alunos de escolas públicas que obtiveram pontuação considerada adequada no exame.


Os resultados apontam que, ao fim do ensino fundamental, no 9.º ano, os estudantes que moram em Alagoas, no Maranhão e no Amapá sabem menos português e matemática do que aqueles que estão terminando o 5.º ano na rede pública de Estados como Minas Gerais, Distrito Federal e Santa Catarina.
Em Alagoas, por exemplo, 57% dos estudantes terminam o 9.º ano do ensino fundamental sem saber o conteúdo de matemática que deveriam dominar já no fim do 5.º ano. Isso significa que mais da metade dos estudantes foi para o ensino médio sem saber, por exemplo, localizar informações em um gráfico, competência esperada para uma criança de 10 anos de idade.

No outro extremo, em Minas Gerais, 87% dos alunos do 9.º ano têm conhecimento proficiente ou avançado do conteúdo do 5.º ano. O índice chega a 85% em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Se o aprendizado dos formandos do 9.º ano já está muito aquém do que eles deveriam saber no 5.º ano, o cenário fica ainda pior se forem consideradas as competências esperadas para a etapa que estão concluindo.

Na rede municipal do Amapá, por exemplo, apenas 2,4% dos alunos vão para o ensino médio com aprendizado adequado para enfrentar a nova etapa. Porcentual parecido com o apresentado por outros Estados com desempenho ruim, como Alagoas, com 3,6% dos estudantes com aprendizado adequado para a série e Maranhão, com 3,8%.

"A não ser que considerássemos que os alunos dessas regiões podem aprender menos do que os de outras regiões – e, obviamente, eles não podem –, os números mostram que existe alguma coisa muito errada", afirmou o autor do estudo, o economista Ernesto Martins Faria, coordenador de projetos da Fundação Lemann.

E, apesar de ser consenso, a importância de aumentar os recursos financeiros destinados a educação, a questão do dinheiro investido, por si só, não explica essa disparidade nos rendimentos. "Mais do que apenas verbas e repasses, essas regiões são as que mais necessitam de um acompanhamento contínuo, de suporte e de diálogo. Mas isso de forma efetiva, não de cima para baixo", afirmou Faria.

Efeito cascata



Sem esse acompanhamento, algumas práticas fundamentais na garantia do aprendizado acabam sendo ignoradas, como é o caso da formação continuada de professores, o acompanhamento e o apoio técnico para escolas, o desenho de uma boa proposta curricular e a atenção diferenciada às escolas em situação mais vulnerável.

O resultado: enquanto 45% dos professores da Região Sudeste afirmam desenvolver com os alunos pelo menos 80% do conteúdo curricular, o porcentual é de apenas 30% no Norte e de 27% no Nordeste.
As taxas de abandono e reprovação também são mais altas nessas regiões. Duas em cada dez crianças do Norte e Nordeste do 3.º ano, com idade média de 8 anos, ou são reprovadas ou abandonam a escola. No Nordeste três de cada dez alunos são reprovados ou abandonam no 6.º ano.

"Pesquisas mostram que a reprovação, em vez de colaborar, reduz os ganhos de aprendizagem dos alunos ao longo dos anos", disse a especialista em Gestão Educacional na Fundação Itaú Social, Patrícia Mota Guedes. "Sem contar que a reprovação tem efeitos na organização da escola, já que a repetência pode levar ao aumento do número de alunos por sala e atrapalhar a gestão da aula, na medida em que docentes têm alunos com idades diferentes em uma mesma sala."

Exemplos do próprio Nordeste mostram que a criação de uma cultura de acompanhamento, que defina metas e priorize intervenções, mudam esse cenário. "O Ceará, por exemplo, se sobressai nos anos iniciais, o que pode estar relacionado aos avanços obtidos com o Programa Alfabetização na Idade Certa", afirmou Patrícia. 

11 de abr. de 2013

'Jovens não querem mais magistério como opção', diz secretário em SP


Saiu no G1

O secretário estadual da Educação, Herman Woodwald, afirmou nesta quarta-feira (10) ao G1 que a carreira de professor deixou de ser atraente para os jovens e esse é uma da justificativa para a falta de profissionais da educação em todo o país. "Os jovens não querem mais ter o magistério como uma opção. Consequentemente, você tem cada vez mais ausência de professores", disse.
Secretário da Educação quer que professor assuma logo após ser aprovado em concurso (Foto: Letícia Macedo/ G1)
Woodwald disse que pretende alterar a regra dos concursos para seleção de professores na rede estadual e que vai mudar a realização de perícias médicas de docentes.

As medidas fazem parte de um esforço para sanar o problema de falta de professores que atinge escolas da rede pública. O sindicado dos professores se diz favorável à primeira mudança, mas teme que o novo tipo de perícia prejudique os docentes.

Desde o mês de março, leitores enviaram para o mapa interativo do G1 denúncias de falta de professores relacionadas a escolas municipais, estaduais e federais na Grande São Paulo. A maior parte delas, diz respeito à rede estadual. Além da falta de docentes, os estudantes reclamaram da frequente troca de professores e problemas de indisciplina.

A pasta avalia que a falta de quadros é um problema enfrentado em todo o país. “As licenciaturas deixaram de ser atrativas por uma série de razões", disse Woodwald.

O secretário nega que haja desinteresse do governo. "Temos que criar no país a consciência da importância do professor da educação básica”, afirmou.

Atualmente, o professor aprovado em concurso público faz um curso de seis meses na Escola de Formação à distância antes de entrar em sala de aula. O projeto que reformula a lei de concursos, que deve ser aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para passar a vigorar, prevê que, uma vez aprovado, o professor já assumirá a função. No entanto, durante a fase de estágio, que dura três anos, o docente passará por uma formação.

“Durante o estágio probatório ele tem a necessidade da aprovação no curso, que será uma condição do edital para que ele seja confirmado no posto”, afirmou o secretário. Uma vez que o projeto estiver aprovado, a Secretaria da Educação estudará como tornar a atual formação mais adequada à formação dos professores. “É preciso discutir sobre que tipo de curso precisamos dar para que aquele profissional, vindo da formação universitária, saiba o que é a rede pública.”

Segundo Maria Izabel Noronha, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), a mudança anunciada cumpre uma antiga reivindicação da categoria. “O estágio probatório é o momento em que o professor confirma se vai ficar na profissão.”

A expectativa do secretário é que o projeto seja aprovado pela Assembleia Legislativa nos próximos meses e que um novo concurso seja realizado no próximo semestre. Além do aumento escalonado de 42,25% até julho de 2014, o governo já possibilitou a convocação de 34 mil professores que já tinham sido aprovados em concursos anteriores.

“Assim, se essas mudanças ocorrerem, em 2014 estaremos com a rede regularizada fundamentalmente com a entrada de professores efetivos, que é o que eu quero.”

Outro motivo constante de ausência de professores, o afastamento motivado por licenças médicas também é alvo da pasta. As perícias médicas passarão a ser feitas por médicos credenciados pela própria pasta.
“A Secretaria de Educação conseguiu, através de um decreto, tirar do DPM [Departamento de Perícias Médicas, ligado à Secretaria de Gestão] e passar para a Educação”, declarou ao G1. Os profissionais da saúde já estão sendo credenciados por 34 diretorias de ensino.

Questionada sobre a decisão, a presidente da Apeoesp disse que quer analisá-la melhor antes de opinar. Ela afirmou, porém, temer que a mudança cause transtornos maiores para os docentes. “Não queremos que o professor que está adoecido deixe de cuidar de sua saúde para resolver a falta.”


17 de mar. de 2013

Mitos e verdades sobre a educação no Rio de Janeiro

Debate sobre a educação nas regiões metropolitanas, patrocinado pelo Instituto FHC, Brava e Fundação Lemann. Antes de assistir, confira os respectivos currículos dos patrocinadores:
  • FHC: o presidente das privatizações;
  • Instituto Brava: empresa catarinense de consultoria;
  • Fundação Lemann: criada por Jorge Paulo Lemann, um dos controladores da Ambev, Burger King, Lojas Americanas, Submarino, entre outros.




Comentários:

Mito: a formação do professor, no Brasil, é muito inadequada.
Verdade: como em qualquer área, há aqueles que são incompetentes, mas a generalização induz a erros
de diagnóstico. Há muitos professores na rede pública que são mestres e doutores (eu sou um deles). Porém, não há o menor incentivo para que os docentes se aprimorem profissionalmente, nem condições mínimas para que realizem um trabalho satisfatório. Afinal, o Ivo Pitanguy, por mais gabaritado e reconhecido que seja, não conseguiria operar se o paciente fosse um leão selvagem, e o médico dispusesse somente de uma chave de roda e um alicate.

Mito: gestores do governo são capazes de reconhecer quais conteúdos devem ou não ser lecionados nas universidades.
Verdade: gestor não possui capacidade técnica para avaliar o que deve ser lecionado nos cursos universitários. A visão do gestor sobre determinada área é utilitarista, muito diferente da visão científica. Além disso, deve ser considerado o fator "autonomia universitária".

Mito: São Paulo possui, há vários anos, uma política educacional sólida.
Verdade: depende do ponto de vista. Se for de desmantelamento e degradação do ensino público, há sim uma política sólida. Afinal, a rede pública de São Paulo possui índices péssimos, e salários tão pífios quanto no Rio de Janeiro.

Mito: o salário do professor no município do Rio é melhor que os pagos pelos demais municípios do estado.
Verdade: o salário está na média. Há municípios, como Duque de Caxias, que pagam até cerca de 50% a mais. É bom observar que a capital é mais rica que os demais municípios, e que seu custo de vida é muito mais elevado.

Mito: havia disparidade entre as escolas.
Verdade:  ainda há disparidade. Para termos ideia, existem algumas pouquíssimas escolas que escolhem quais alunos podem estudar ali, as salas de aula são climatizadas e as turmas reduzidas. Essas, ostentam os melhores índices de desempenho e aparecem na revista Veja como sinais evidentes da melhoria na qualidade do ensino no Rio. Por outro lado, a esmagadora maioria recebe qualquer aluno (marginal, delinquente, problemático, incluído, etc), as turmas são cheias, e nem há sequer ventilador em todas as salas.

Mito: acabou a progressão automática.
Verdade: a progressão continua, posto que há uma série de subterfúgios criados pela SME para que os alunos sejam aprovados, como a média global, por exemplo (o sujeito leva bomba em matemática, português, geografia e história, mas vai muito bem em música e educação física. Pela média, ele é aprovado). Muitos alunos declarados como reprovados nos conselhos de classe são conduzidos à série seguinte a revelia dos professores e da direção da escola.

Mito: as provas de ciências, português e matemática, aplicadas pela SME, fazem parte da unificação do currículo escolar e permitem diagnosticar as deficiências dos alunos.
Verdade: observa-se facilmente que, muitas vezes, o conteúdo cobrado nas provas não tem a menor ligação com as propostas bimestrais. Além disso, a prova é de múltipla escolha, onde os alunos "chutam" as respostas. Muitos, aliás, nem leem a prova. Em matemática, especialmente, a maioria não efetua um cálculo sequer.

Mito: cadernos pedagógico (apostila) e portal de aulas digitais são materiais estruturados.
Verdade: as apostilas trazem um conteúdo sofrível e excessivamente sintético - quando não há erros notórios ou propaganda eleitoral do prefeito. As aulas digitais não passam de um site que custou um fortuna, mas cujo conteúdo é pouco utilizado por ser fraco demais.

Mito: A SME tenta trabalhar ao lado do professor.
Verdade: a secretária diz que o professor tem nível muito baixo; a cogitação dela assumir cargo no MEC foi motivo de duros protestos; os professores não têm autonomia para reprovar alunos; a secretária aliena-se das reclamações do professorado.

Mito: educopédia está dando muito certo.
Verdade: pouquíssimos professores a utilizam. Além disso, a rede de internet é precária e os aparelhos projetores não recebem manutenção, fatores que inviabilizam o acesso em muitas salas de aula.

Mito: a SME investiu muito na formação do professor.
Verdade: ser mestre ou doutor altera pouquíssimo o salário (uns cento e poucos reais a mais), e absolutamente nada na progressão da carreira (que não funciona há anos). A SME acredita que umas palestras no começo do ano letivo é "a" forma de capacitar o professor, caindo em evidente erro.

Mito: a SME rompeu com a ideia de imprimir marcas de governantes em prédios ou coisas que não são importantes à educação.
Verdade: a SME fez: GENTE, banco imobiliário do Dudu, campanha do Eduardo Paes nas apostilas, Ginásio Carioca, Ginásio do Samba, entre outras marcas não importantes mas vinculadas à imagem da gestão Paes como se fossem a salvação da lavoura. Além disso, em 2012, ano de eleição, a prefeitura doou aos alunos material completo, composto por mochila, cadernos, lápis... estampando enormemente a marca da prefeitura. Em 2013, ano que não é eleitoral, eles receberam uma pasta de plástico ordinário.

Mito: todos os novos concursos são para professores de 40h, como medida para fixar o professor.
Verdade: o edital para o cargo PI de História, por exemplo, foi retificado e passou a ser expresso que a carga horária dependerá de futura definição da SME. Além disso, no primeiro ano do mandato Paes, a SME divulgou circular pelas escolas onde informava que abriria a opção de escolha para os professores 16h ampliarem a carga horária. Estamos no segundo mandato e até agora só ficou nos planos.

_______________________________
Atualização:

Mentir para o povão que votou no Eduardo Paes eu até entendo, pois faz parte da política do voto de cabresto. Entendo, e fique claro que este editor não concorda.Porém, mentir para seus pares neoliberais, bancados por empresas, é uma falta de honestidade sem sentido.

Será que a coitada sofre de mitomania ou está vendendo algum produto?

24 de fev. de 2013

Doadores de campanha do Dudu

Questionamos, no final do post anterior, se não seria suficiente a bolada recebida durante a campanha eleitoral. A curiosidade nos moveu a publicar a lista abaixo, que contém somente alguns nomes e valores dos doadores que se "solidarizaram" às propostas eduardianas. A lista integral pode ser visualizada no site do TSE.

A soma de todas as "doações": R$ 21.208.741,10

Ainda não tomamos ciência sobre a natureza do dinheiro proveniente da sigla "Comitê Financeiro Municipal Único". Se alguém tiver mais informações, utilize o espaço de comentário que imediatamente informaremos aqui.
Caso persista alguma dúvida sobre a fonte, é só clicar no link a seguir, que direciona ao site do TSE.
http://inter01.tse.jus.br/spceweb.consulta.receitasdespesas2012/abrirTelaReceitasCandidato.action



Doador
Direção Nacional
Valor
R$ 2.000.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 1.655.109,93
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 700.000,00
Direção Nacional R$ 700.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 569.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 550.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 500.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 500.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 500.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 500.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 500.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 500.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 500.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 500.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 500.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 500.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 500.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 500.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 500.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 500.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 500.000,00
Direção Nacional R$ 500.000,00
ITAU UNIBANCO S.A R$ 500.000,00
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS S/A R$ 500.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 300.000,00
CRBS S/A R$ 300.000,00
PRIMO SCHINCARIOL IND REFRIGERANTE S.A. R$ 250.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 227.955,32
COESA ENGENHARIA LTDA. R$ 200.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 200.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 189.992,88
CARVALHO HOSKEN SA ENGENHARIA E CONSTRUCOES  R$ 150.000,00
VAMARCO PARTICIP ADMINIST E EMPREENDIMENTOS LTDA R$ 150.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 106.553,00
IPIRANGA PRODUTOS DE PETROLEO S.A R$ 100.000,00
KLABIN S.A. R$ 100.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 93.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 90.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 80.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 75.878,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 74.050,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 62.016,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 60.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 60.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 53.250,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 53.250,00
EVEN CONSTRUTORA E INCORPORADORA S.A. R$ 50.000,00
COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMERICAS - AMBEV R$ 47.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 41.278,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 40.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 40.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 37.176,61
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 36.000,00
Direção Estadual/Distrital R$ 31.500,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 30.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 30.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 30.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 21.828,10
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 21.800,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 20.966,48
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 20.966,48
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 20.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 20.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 20.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 20.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 20.000,00
SAN DIEGO VEÍCULOS LTDA R$ 20.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 16.771,16
ABOLIÇÃO VEÍCULOS LTDA R$ 15.000,00
GOTLAND VEÍCULOS LTDA R$ 15.000,00
GUILHERME MEXIAS ACHE R$ 15.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 14.800,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 13.722,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 13.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 13.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 12.964,50
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 12.323,45
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 10.050,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 9.800,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 9.732,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 9.343,88
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 9.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 8.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 7.500,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 6.465,51
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 6.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 6.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 6.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 6.000,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 5.950,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 5.554,30
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 4.900,00
Comitê Financeiro Municipal Único R$ 4.825,00
RIO DE JANEIRO REFRESCOS LTDA R$ 4.278,00
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